segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mamã lamechas

Sou mesmo uma mãe lamechas. A Bia está sempre a brindar-nos com novidades, gracinhas acabadas de aprender ou palavras novas que agora sabe dizer, na sapiência dos seus 14 meses. Aprendeu a dizer “papá” com enorme sentido. E agora di-lo até à exaustão.
Se estou de parte a assistir a estas coisas, não posso deixar de ficar babada. Assim como adoro vê-la dormir. Consigo ficar imenso tempo a saborear essa coisa de a ver dormir, a sonhar com o seu mundo cheio de cores e brinquedos e as pessoas que a adoram.
O tempo passa demasiado depressa, somos consumidos na nossa vidinha parva e não conseguimos acompanhar cada momento doce dos nossos filhos.
Ainda assim, mesmo passando a maior parte do dia entregue aos cuidados de uma educadora que ainda que seja amorosa, não é mais que a educadora, ela consegue ver-me e largar tudo para saltar para o meu colo.
Não se consegue descrever a emoção que nos invade quando a nossa filha encontra o nosso colo, os nossos olhos, o nosso sorriso no meio da confusão. Como se fossemos o único porto seguro na sua travessia acidentada pela vida. E é tão bom enquanto isto acontece!
O que mais adoro todos os finais de dia é ela adormecer e ficar ao meu colo um bocado, para eu lhe cheirar o cabelo cheio de caracóis acabado de lavar, dar-lhe beijinhos nas bochechas rosadas e tão suaves e ficar ali, também eu a amar aquele colinho, como se fosse o melhor da minha vida. É nessas alturas que não me apetece que ela cresça, e fique grande e independente, sem querer mais um colinho…

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