sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

"Fantasminha brincalhão...

... não me metes medo, não
gostas muito de fazer: BU BU BU BU"
E a Bia acompanha o coro na altura do "bu bu bu bu" enquanto dança alegremente ao som do Avô Cantigas.
O Avô Cantigas já havia no meu tempo. Na altura, o gira discos tocava o vinil que nas colunas ecoava assim: "Eu sou o Avô Cantigas/todas as crianças são minhas amigas/sou o Avô Cantigas/rapazes e raparigas".
Nos dias que correm, isto não ia soar nada bem. Mas naquela altura, nos primórdios dos anos 80, a inocência das canções infantis não nos punha a pensar em escutas da PJ e julgamentos de pedófilos, que já andavam por aí há muito tempo, mas simplesmente não se falava deles.
O Avô Cantigas agora está muito moderno. É um avô virtual, tem videoclips bem à frente. Confesso que acho muito bem, as músicas são bem giras e o melhor é que daqui por uns anos eu e a minha filha vamos rir ao falar que temos o mesmo herói musical da infância. O Avô Cantigas faz parte dos imaginários de 2 gerações. Há quase 30 anos ele devia ser só pai e agora deve mesmo ser avô. Dá muito mais realismo à coisa.

O melhor doce de abóbora do mundo!

Tenho um colega que é o verdadeiro artista. O homem é um pintor de mão cheia. A mulher segue-lhe as pisadas. Mas esta semana deslumbrou-nos mais uma vez com os seus talentos. trouxe-nos, em jeito de demonstração, o melhor doce de abóbora com nozes que alguma vez provei.
E podendo eles enriquecer à conta dos talentos que têm lá em casa, o que cobram pelo que fazem é quase um insulto. Chego a duvidar que pague o material. Seguramente não cobre a mão de obra. E com a humildade de sempre, o nosso Zé Manel responde-nos que faz porque gosta. Não vende para ganhar dinheiro, só para repor os materiais.
Se houvesse mais gente como o nosso Zé Manel o mundo era um lugar melhor para se viver!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Buáxa

Todos os dias a Bia pede bolachas. Lá vai ela direitinha ao móvel da cozinha onde estão os pacotes e pede "buáxa".
É nestas alturas, em que ela de repente demonstra a sua evolução em todo o seu esplendor e nos brilha com novas habilidades, linguísticas ou não, que eu acho que o tempo está a passar depressa de mais.
É como se fosse aquela coisa da areia a escapar por entre os dedos, ela cresce e eu quase não vejo...
O que mais me assusta é pensar que não vou ter tempo para a ver crescer. Quando der por isso, já ela está crescida, pinta as unhas de preto e cola-me posters dos Tokyo Hotel do tempo dela nas paredes do quarto.
Nessa altura, ela já não vai pedir "buáxas"...

Anda por aí um calor estranho...

Nos meus dias de trabalho, vivo num verdadeiro microclima. Quer dizer, na rua está fresquito. E chove. No meu trabalho está um calor que não se aguenta. É a isto que os especialistas chamam microclima, não é?
A verdade é que todos os dias sinto menos um neurónio na cabeça. Estão a derreter. Estou a aqui estou a ouvi-los dentro da cabeça a circular, tal é o eco derivado da falta de companhia que os poucos resistentes ainda têm...