terça-feira, 4 de agosto de 2009
De médico e de louco todos temos um pouco... e de juiz também
Independentemente da minha opinião pessoal sobre este caso, que é do mais parcial que há, a verdade é esta. Somos todos juízes. Todos gostamos de julgar, se fôr na praça pública, tanto melhor. Por estas e outras, as pessoas chegam ao banco dos réus já julgadas e condenadas, por provas que se não existem, é porque alguém as escondeu, porque falam disso na televisão...
Isaltino tem dinheiro na Suiça? É porque roubou! Ele não era acusado de roubo, mas na boca de meio mundo, é um ladrão!
O Carlos Cruz é indiciado de práticas sexuais com menores? Bandido, é um pedófilo que anda aí a abusar das criancinhas!! E se fôr absolvido? Foi porque pagou ao juiz?
Quando a justiça condena, tudo bem. Se não condena, mesmo que se tenha provado que a pessoa está de facto inocente, é porque estão todos feitos uns com os outros, cambada de corruptos!!!
É por isto que este país não anda para a frente. A culpa não é do sistema, do Governo, da justiça... é do povinho medíocre que só se sabe queixar.
Fenómeno Ronaldo
Já não há paciência para a quantidade de gajas que lhe passam pelos lençóis e depois passam pelas capas das revistas. Miúdas que só querem os seus cinco minutos de fama a que cada mortal tem direito e que ele engata através de sms e ramos de flores farfalhudos. Se ele não fosse quem é, os sms e as flores haviam de ser alvo de chacota entre a própria e as respectivas amigas. Assim, como é o Cristiano Ronaldo, tudo bem, ao primeiro sms abrem-se as pernas. É um reflexo de Pavlov, por assim dizer.
Ele é resmenga, a família idem, só é coisa que dá pica por uma noite, mesmo. Ainda por cima porque é sempre ele que paga o jantar, o hotel, as flores e uma ou outra prenda.
Mas se calhar ele é que faz bem, porque se formos a ver os outros até talvez façam a mesma vida, mas como têm a capa de "homens de família", não convém dar nas vistas. Ao menos este não deve satisfações a ninguém. Só é pena que com este tipo de vidinha ele não vá conseguir ser realmente feliz no amor. Porque um dia ele há de se apaixonar a sério. E depois, ou mãe também gosta dela, ou está mesmo tudo estragado.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Estou chocada!
Ora pois que não se percebe é o que é que eu andei a pensar nestes anos, já que ainda por cima a dei de borla! O que eu já podia ter ganho, céus....
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Hot 'n' Cold
"Cause you're hot then you're cold
You're yes then you're no
You're in then you're out
You're up then you're down
You're wrong when it's right
It's black and it's white"Hot and Cold, Katy Perry
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Morreu um homem esquisito...
Morreu branco, quase cadavérico, mas só tinha 50 anos.
O homem que morreu era esquisito, porque nunca conseguiu ser criança, porque também nunca conseguiu ser um adolescente normal e isso tornou-o esquisito. Mas a culpa não era dele. Foi de quem quis fazer dele um mito vivo.
Dele disse-se quase tudo, mas muito ficará agora por dizer e muito se irá inventar. Faz parte do mito.
A sociedade de hoje fez dele um pedófilo, quando se calhar ele só queria estar com quem o fazia sentir feliz. Ele era igual aos miúdos que gostava que enchessem a Neverland. Talvez porque ele era uma criança que nunca teve tempo para o ser. Nos dias que correm, depressa era pedófilo. Talvez esteja a ser ingénua, mas a verdade é que não consigo vê-lo com esses olhos. E acredito piamente que ele era boa pessoa. No meio da gente que o rodeava, era provavelmente a pessoa mais solitária do mundo, o tal "génio incompreendido".
Aproveitaram-se dele e da bondade dele. É que acho que o homem esquisito era mesmo um homem bom.
O homem nasceu preto, morreu branco, esquisito, sem nariz e com uma mente muito perturbada.
Juro que não deixo de ter pena, não pelo mito, mas pelo homem, que para mim era bom.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
É tão verdade!!!!!
"Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?
*O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita. Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!" E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo."A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar. Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de “tou aqui tou-me a mijar!”. Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente,que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados. Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair. Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!! Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, enão te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas quetens no caso de… Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te “na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam atremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com aspernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço!Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*, e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!! Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma traulitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!! E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras). Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguém tem um pedacinho de papel a mais?” Parva!
Idiota! Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)…. Estás exausta!
Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante! Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso –e sais…Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava.“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer. E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e a "dignidade".
terça-feira, 21 de abril de 2009
Uma história por contar
Eu já quase me tinha esquecido deste, mas recentemente lembrei-me, na sequência de um concurso da Comercial, em que ofereceram o carro do Pedro Ribeiro, que contava em antena aberta que estava bastante emocionado ao despedir-se do carro.
Pois que euzinha teria talvez uns 10 ou 11 anos quando o meu pai resolveu trocar o já coitadinho Renault 9 GTS (que chique) - que nunca mais foi o mesmo desde aquela mocada valente com a jante num passeio de quase 30 cm de altura, por causa de uma bendita poça de óleo - pelo moderníssimo Fiat Tempra, azulinho e com um tablier que mais fazia lembrar uma nave dos filmes, tudo digital e não sei quê.
A caminho do stand para se fazer a bendita troca dizia o meu pai que não deixava de ter alguma pena, porque afinal tinha sido um carro bem comportadinho. Já ia eu com o nó na garganta...
Chegámos, o vendedor foi ensinar para que serviam os botões todos do carro novo, ai que giro; e entretanto vamos lá embora, deixamos o velho e levamos o novo.
Ao subir a rua e ver o velhinho e cinzento Renault 9, não me aguentei mais e comecei literalmente a soluçar. Os meus pais assustaram-se "queres ver que a miúda meteu os dedos no cinzeiro da parte de trás e agora não os consegue tirar?", mas afinal eu só dizia "o meu carro....".
A gargalhada de ambos foi tão imediata que ainda fiquei mais danada... mas agora também eu me rio... podia ter dado para pior, verdade?
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
"Fantasminha brincalhão...
gostas muito de fazer: BU BU BU BU"
E a Bia acompanha o coro na altura do "bu bu bu bu" enquanto dança alegremente ao som do Avô Cantigas.
O Avô Cantigas já havia no meu tempo. Na altura, o gira discos tocava o vinil que nas colunas ecoava assim: "Eu sou o Avô Cantigas/todas as crianças são minhas amigas/sou o Avô Cantigas/rapazes e raparigas".
Nos dias que correm, isto não ia soar nada bem. Mas naquela altura, nos primórdios dos anos 80, a inocência das canções infantis não nos punha a pensar em escutas da PJ e julgamentos de pedófilos, que já andavam por aí há muito tempo, mas simplesmente não se falava deles.
O Avô Cantigas agora está muito moderno. É um avô virtual, tem videoclips bem à frente. Confesso que acho muito bem, as músicas são bem giras e o melhor é que daqui por uns anos eu e a minha filha vamos rir ao falar que temos o mesmo herói musical da infância. O Avô Cantigas faz parte dos imaginários de 2 gerações. Há quase 30 anos ele devia ser só pai e agora deve mesmo ser avô. Dá muito mais realismo à coisa.
O melhor doce de abóbora do mundo!
E podendo eles enriquecer à conta dos talentos que têm lá em casa, o que cobram pelo que fazem é quase um insulto. Chego a duvidar que pague o material. Seguramente não cobre a mão de obra. E com a humildade de sempre, o nosso Zé Manel responde-nos que faz porque gosta. Não vende para ganhar dinheiro, só para repor os materiais.
Se houvesse mais gente como o nosso Zé Manel o mundo era um lugar melhor para se viver!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Buáxa
É nestas alturas, em que ela de repente demonstra a sua evolução em todo o seu esplendor e nos brilha com novas habilidades, linguísticas ou não, que eu acho que o tempo está a passar depressa de mais.
É como se fosse aquela coisa da areia a escapar por entre os dedos, ela cresce e eu quase não vejo...
O que mais me assusta é pensar que não vou ter tempo para a ver crescer. Quando der por isso, já ela está crescida, pinta as unhas de preto e cola-me posters dos Tokyo Hotel do tempo dela nas paredes do quarto.
Nessa altura, ela já não vai pedir "buáxas"...
Anda por aí um calor estranho...
A verdade é que todos os dias sinto menos um neurónio na cabeça. Estão a derreter. Estou a aqui estou a ouvi-los dentro da cabeça a circular, tal é o eco derivado da falta de companhia que os poucos resistentes ainda têm...